sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Transporte alternativo é proibido de funcionar em Hortolândia


Uma nova cooperativa de transporte alternativo começou a funcionar em Hortolândia. É a MetrocooperBrasil, que está fazendo transporte de passageiros dentro do município. A atividade iniciou no dia 26 de janeiro com 35 microônibus. Mas, no dia 27 e 28, a cooperativa teve que parar de fazer o transporte.

Segundo o Diretor da Cooperativa de Transportes Alternativos, a MetrocooperBrasil, Alexandre Corá Francisco, o Xandão, a Viação Boa Vista, responsável pelo transporte coletivo da cidade e a polícia militar da cidade mandaram um ofício alegando que a cooperativa está com a documentação irregular e que está atuando de forma clandestina. “Nós estamos com a documentação em dia, o único problema, é a Prefeitura, que não quer liberar a inscrição municipal para podermos transportar as pessoas”, disse Xandão, ao afirmar que estão sofrendo retaliações, “a polícia está fazendo diversos bloqueios e nos perseguindo durante o dia todo. Isso é complicado”.

A cabeleireira Adriana de Oliveira utiliza o transporte coletivo com frequencia, para fazer compras no centro da cidade, mas sempre fica esperando mais de 40 minutos. “É complicado a gente ter só uma opção. As vans ajudariam muito, precisamos transitar com mais rapidez. Não agüento mais ficar esperando tanto tempo pelo ônibus”. Já a auxiliar de enfermagem, Leandra Pereira, que utiliza o transporte quatro vezes por dia, acha que tem que melhorar o transporte público. “Uma solução seria o transporte alternativo, pois teríamos mais opções de transitar pela cidade. Na minha opinião, as vans deveriam ter catracas, para podermos passar o cartão. Mas apóio o transporte alternativo”.

A Prefeitura, por meio da Assessoria de Comunicação, disse que “a cooperativa nunca funcionou normalmente dentro do município, tendo em vista que o transporte de passageiros, seja público ou fretado, demanda regularização junto à Prefeitura”. E que para funcionar normalmente, “tem que ser por meio de processo de concessão, por concorrência pública. Atualmente o serviço já conta com uma empresa responsável para prestar o serviço. A concessão atual encerra-se em 2011, quando a Prefeitura inicia um novo processo”.

De acordo com dados da Cooperativa, 25 mil pessoas vão ser beneficiadas com o transporte alternativo. “Fizemos um abaixo assinado desde outubro do ano passado. 15 mil pessoas foram ouvidas e apóiam nosso trabalho”, explica Xandão.

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